“…quem és, afinal, entre os homens? Quantos anos tens, meu caro?
Que idade tinhas quando o Medo chegou? “ATENEU, II, p.54 E.
Que idade tinhas quando o Medo chegou? “ATENEU, II, p.54 E.
Não, não saberia responder a estas perguntas. Quem eu sou? sou tantas coisas, tantos sentimentos e mais um tanto de pensamentos. Quantos anos eu tenho? depende do dia. Que idade tinha quando o Medo chegou? não me lembro…só sei que sinto minhas forças e a minha coragem evaporarem dia após dia, como se o cansaço e o vazio cada vez mais tomassem conta da minha alma.
A verdade é que ando farta das pessoas. Percebi que já gastei energia demais num mundo que insiste em cultuar a mediocridade. Estou farta da falta de delicadeza, da falta de gentiliza, dos julgamento baseados em aparencias, da boa impressão que palavras belas e vazias de ações causam, farta de pessoas que erguem muros por medo a sua volta. Estou me exilando desta parte do mundo, com a certeza de que não sentirei saudade alguma dele.
Até agora ocupei meu tempo cuidando dos outros, curando suas feridas. Agora preciso curar minhas feridas. Preciso resgatar a Beleza , a Luz que existe por debaixo destas feridas. E este é um caminho solitário. Curar é um dom para poucos, as pessoas em sua maioria só aprenderam a fazer feridas e apontá-las. Descobri isto muito tarde.

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